Jejum normal (Mateus 4.2; Lucas 4.2):

Jejum absoluto (Ester 4.16):
Este jejum compreende aquele onde nem alimento sólido, nem líquidos e nem água fazem parte. É o caso onde, biblicamente, não se aconselha ir além de três dias, pois até os médicos afirmam que o corpo humano sofre terrível desidratação sem água neste período. No contexto de Ester, é convocado todos os judeus para um jejum coletivo sem alimentos e sem água, mas por um tempo de três dias apenas. Caso semelhante vemos na experiência de Paulo (Atos 9.9). Ultrapassando o período de três dias de jejum sem água é aceitável apenas sob intervenção sobrenatural, como na situação de Moisés que vimos anteriormente, por exemplo (cf. Êxodo 34.28). De igual modo o caso de Elias, onde este recebe intervenção divina para suportar um longo caminho de quarenta dias sem água (I Reis 19.5-8).
Jejum parcial (Daniel 10.3):
Este jejum encontra-se numa situação de parcialidade, onde se abstém apenas de algum alimento que seja desejável. Lembra da definição linguística do início do estudo? ["quando alguém opta por diminuir sua dieta alimentícia o mais próximo de zero"]. Daniel fez isso, certa feita. Cortou da sua dieta "manjar desejável" ao seu paladar por três semanas. Seguramente este tipo de jejum pode ser aplicado à pessoas que tem problemas de saúde na região do aparelho digestivo, por exemplo, ou por quem já tem avançada idade. Segundo pesquisadores, Daniel tinha entre 80 e 92 anos nessa época e por isso achou mais inteligente naqueles dias cortar apenas alguns itens da sua alimentação diária, ao invés de jejuar sem alimentos e água. É provável que Daniel tenha vivido mais de 92 anos, porém, improvável que tenha passado dos 100. Convenhamos que o seu sofrimento em tirar da dieta apenas comidas saborosas equivale a alguém jovem e sadio como eu em abster-se de alimento sólido, líquido e água. Eu só tenho pouco mais de 28 anos e não tenho nenhum problema de saúde, graças a Deus (só para constar). Ainda sobre o jejum parcial, lembro-me de uma jovem da nossa igreja quando, em certa ocasião, fez um propósito de ficar algumas semanas sem acessar sua página no Facebook. Eu disse que isso era um tipo de jejum e louvei sua atitude. Todavia, entenda, caríssimo leitor, que não estou dizendo que devemos praticar jejuns parciais de coisas que aparentemente estão fora da Sã Doutrina. Deixar de acessar a internet, abster-se por um tempo de assistir TV, parar um pouco de jogar no computador, etc, porque está(ão), de certa forma, atrapalhando a comunhão com Deus, não deixa de ser um jejum, mas não podemos achar que este é suficiente para alcançar os olhos de Deus (Isaías 58.3-7 NVI).
O jejum que Deus não aceita:
Por orgulho ou penitência: “dizendo: por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto” – Isaías 58:3, 4.
Praticar o jejum para exibir cristianismo, provocar intrigas e visar interesses egoístas não é aceitável a Deus. O que deveria ser uma bênção, torna-se então uma maldição.
O jejum não pode ser uma espécie de “justificação pelas obras”, ou seja, “vou jejuar e me salvar”. A salvação vem unicamente pela fé em Cristo Jesus. O jejum deve ser útil apenas como instrumento de uma busca mais profunda pelo Salvador.
O Senhor Deus deseja conceder-lhe um vigoroso discernimento espiritual, novas percepções de Sua glória e desenvolver em você a fé incondicional. Faça um plano pessoal de jejum. Você se sentirá fisicamente e espiritualmente fortalecido, e entenderá claramente as respostas que Deus concede às suas orações.
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