Vivemos um tempo intenso e edificante na Paróquia Betesda. Durante a Quaresma meditamos sobre a verdadeira identidade de Jesus. Gostaria de compartilhar algumas mensagens que ministrei durante este tempo. Que estas mensagens possam ser usadas por Deus para falar ao seu coração.
A Identidade de Jesus
“35. E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos
para o outro lado. 36. E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim
como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos. 37. E
levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de
maneira que já se enchia. 38. E ele estava na popa, dormindo sobre uma
almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 39.
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E
o vento se aquietou, e houve grande bonança. 40. E disse-lhes: Por que sois tão
tímidos? Ainda não tendes fé? 41. E sentiram um grande temor, e diziam uns aos
outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?”
Marcos
4:35-41
Em algum momento você já se perguntou
quem é Jesus?
Como Ele era?
O que você pensa dEle?
O interessante é que todos os dias ouvimos
pessoas falarem de Jesus com uma intimidade chocante! As pessoas da igreja
insistem conosco para que desenvolvamos um relacionamento com Cristo.
Nos cultos, cantamos de Seu Amor, Milagres,
Maravilhas... de forma íntima! Chegamos ao ponto de memorizar até os 34
milagres específicos de Sua vida, mas não vivemos o impacto dos milagres.
Alguns estão há tanto tempo na casa de Deus e mesmo assim não conheceram de
forma real a Cristo.
Uma pesquisa realizada nos EUA,
sobre uma perspectiva de como seria Jesus, revelou que 84% dos americanos O
consideram como o filho de Deus, e que Ele era sem pecado, corajoso e
emocionalmente equilibrado, fisicamente forte, atraente, prático, caloroso e
aceitável. O fato é que o mundo moderno descaracterizou a Cristo.
Hoje há uma tentativa de enquadrar Cristo nos
padrões do mundo. Algumas dessas tentativas são:
1.
O Jesus Asceta: (Pessoa que possui um modo de vida austero e/ou
dedica-se à perfeição espiritual.) essa foi a inspiração para gerações de monges
e eremitas. Eles não O veem diferente de João Batista,
já que também Se vestia com pele de camelo, usava sandálias ou então andava
descalço, mastigava gafanhoto com evidente prazer e, ao mesmo tempo,
renunciava aos prazeres da mesa e a desfrutar as alegrias da criação de Deus.
Digo a vocês que seria difícil conciliar esse retrato com a crítica de
contemporâneos de que “Ele veio comendo e bebendo”.
2.
Jesus, o Pálido
Galileu:
essa imagem foi perpetuada na arte medieval e em
vitrais. Um Jesus com auréola celestial e uma
compleição incolor, os olhos voltados para o céu e os pés sem sequer tocar o
chão. Uma visão contrastante da ideia de um
Jesus fraco, sofredor e derrotado. (impotente no mundo)
3.
Jesus, o Cristo
Cósmico:
Aqui Ele é apresentado como Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores. Aquele que domina tudo, que mora no Céu, mas que é alienado do mundo.
Vemos aqui um deísmo inveterado. (Acredita em Deus mas não acredita em sua
interferência, nem sua autoridade nas práticas religiosas).
4.
O Mestre do Senso
Comum:
Esse é o Cristo construído pelos iluministas. Um
Deus inteiramente humano e nada divino. Ele é
simplesmente um mestre moral, um guia popular.
5.
O Festeiro Gospel: Entre os músicos do século atual (que se dizem levitas), temos o
Jesus que passa o tempo todo cantando, dançando e em festas. Desta
forma, captam algo da jovialidade de Jesus, mas também de alguém que não leva a sério a Sua missão.
6.
O Jesus Cristo
Superstar:
Esse Jesus é retratado como uma celebridade desiludida.
Aquele que entrou em Jerusalém achando que era alguma
coisa, mas que no Getsêmani já não tinha tanta certeza assim.
7.
O Jesus Negociador: Esse é o Deus fundador
dos negócios modernos. Pinta-se Jesus como um garoto
propaganda, bronzeado e musculoso, simpático, jovial e sociável.
Apresentam-nO como um líder de ardente comunicação,
cuja vida inteira foi uma história de conquistas e realizações e cujos
ensinamentos enfatizavam os segredos do sucesso nos negócios.
8.
O Jesus Economista: Pode parecer
brincadeira, mas muitos O colocam como um economista
político de primeira classe, o qual, entre outras coisas, recomendou a distribuição igualitária.
9.
O Jesus Capitalista: Essa é a imagem de Jesus que promoveu a livre empresa, o investimento e a
conservação.
10.
O Jesus Socialista: O Deus dos pobres, sem-terra, sem emprego, que enfrentou os
burgueses da época com suas idéias e atitudes.
11.
O Jesus Revolucionário:
Fidel
Castro (de Cuba) assim O denomina por ter trazido
ideias contrárias ao sistema vigente da época, e muitos ainda tentam retratá-lO
como tal.
12.
Jesus, o Lutador da
Liberdade:
Um guerrilheiro urbano. Um “Che Guevara” do
primeiro século, cujo gesto mais característico era
virar as mesas dos mercadores e expulsá-los do templo com um chicote.
13.
Jesus, o Carpinteiro: é verdade que esta foi
sua profissão até os 30 anos. Portanto, Ele poderia ser considerado o Sr.
Carpinteiro (O melhor, Esperte), o Jesus da
Palestina, mas essa não era a Sua missão.
14.
Jesus, o Mágico: essa é uma forma
consciente e moderna de se ver ou analisar livremente os
milagres. Os defensores dessa ideia dizem que
quando foi para o Egito, Jesus Se tornou especialista em mágica.
São Quatorze formas diferentes de pensar acerca
de quem é Cristo! Todas essas são figuras oposta ao verdadeiro Cristo. A
principal razão para toda traição ao verdadeiro Jesus é que nós ouvimos com
exagerada deferência a moda contemporânea ao invés de escutarmos a Palavra de
Deus.
Não foi diferente com os discípulos. Em meio à
idolatria que O cercava no caminho para Cesárea de Felipe, diante de altares ao
deus Pan, Jesus questiona: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” (Ler Mateus
16: 13-17) Ele mesmo faz uma autodescrição de quem Ele é. Não precisamos
recorrer aos biógrafos seculares para entender Sua real identidade.
Ele mesmo
mostra as Suas credenciais ao dizer “EU SOU”
·
EU
SOU Deus – para o incrédulo, idólatra
·
EU
SOU a luz do mundo – para os que estão nas trevas do pecado
·
EU
SOU o pão da vida – para os que têm fome
·
EU
SOU a água da vida – para os que têm sede
·
EU
SOU a videira verdadeira – para aquele que deseja produzir bom fruto
·
EU
SOU o caminho – para o desorientado
·
EU
SOU a verdade – para o cético (o racional = quem não se envolve com o
espiritual)
·
EU
SOU o bom pastor – para a ovelha perdida e que está longe do aprisco
·
EU
SOU o Salvador – para os que estão sem esperança
·
EU
SOU a ressurreição e a vida – para os mortos e os que têm medo da morte
·
EU
SOU Santo – para o que é impuro e pecador
·
EU
SOU o Alfa e o Ômega – para os ansiosos Ele ainda continua a perguntar: “Que
pensais vós de Cristo?”
Quando temos uma visão
clara de quem é Cristo, Deus revela melhor os Seus planos, e a identidade de
Cristo é implantada em nós. A esse
processo chamamos de justificação. Durante este ano, na última quarta-feira de
cada mês, teremos um vislumbre verdadeiro da caracterização que a Palavra de
Deus faz acerca de Jesus Cristo. Você não pode perder. Você não pode deixar de
conhecer o Grande EU SOU.
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